janeiro 2019 - Devaneios de uma Mulher quase Casada

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

SER DAMA DE HONOR ❤  || La, La, Lurdes!
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Fotografia: Hello Lumi

2018 ficou marcado pelo casamento da minha irmã, aquela pessoa com quem nos damos muito bem ou muito mal. Como todas as relações de irmãos, tivemos as nossas desavenças, respostas tortas, ameaças e tudo o que vem incluído nesse "pacote". Mas, a meu ver, o noivado dela acabou por nos unir um pouco mais. 

Nunca me passou pela cabeça vir a ser uma das Damas de Honor da Kátia. Eu era a irmã da noiva, um "cargo" que, para mim, já era de responsabilidade por toda a ajuda que lhe ia dando com o aproximar da data. 
O pedido veio num caixote. Literalmente.


Ao abrir o caixote voou um balão com este papel:


E esta pulseira de estilo pandora, que realmente usei no dia C!


Confesso que a partir do momento do pedido comecei a ficar um pouco nervosa. Estava encarregue de algumas tarefas no grande dia, pelo que o pânico que alguma coisa falhasse foi mais que muito. Afinal de contas tratava-se do grande dia da minha irmã...
Até ao casamento o alvoroço foi muito: a escolha do vestido, fazer alguns elementos decorativos para a quinta, ajudar a conceber os convites, ementas e na disposição das mesas, etc, etc, etc. Senti que ajudar na organização de um casamento foi um misto de stress com muito prazer. Sempre gostei de me sentir atarefada e que estava a "criar" alguma coisa. Até acabei por produzir um vídeo para passar durante o copo de água, que gerou algumas lágrimas (mission accomplished).




O dia anterior ao casamento passou a correeeeeeeeeeeer. Andámos de um lado para o outro a comprar coisas que faltavam, a transportar coisas para a quinta, a imprimir as ementas e nomes das mesas, decorar o carro, entre muitas outras coisas. Mas organizámos tudo de forma a que sobrasse tempo para que a Kátia pudesse treinar a coreografia surpresa que ia fazer ao André e ainda ir conhecer a Helena Coelho.

Almoço antes do ensaio geral da coreografia surpresa com o professor Gonçalo Rodrigues (Gonza Events)

 




Com a Helena Coelho no evento da Quem disse, Berenice?

O carro da noiva

Entusiasmo do dia anterior

Finalmente, chegou o grande dia. À medida que ia fazendo as minhas coisas tinha também de manter-me sempre por perto, para auxiliar a minha irmã em tudo o que fosse preciso. Ser dama de honor não é aparecer quando a noiva aparece, mas sim deixá-la brilhar com a nossa ajuda sem nunca lhe roubar o protagonismo. Naquele dia pus um pouco de mim em tudo o que fazia, por muito simples que fossem os gestos. 
Como é óbvio a Kátia não tinha um sítio onde pudesse guardar alguns essenciais, como por exemplo o batom. Assim, cabia-me a mim certificar-me de que sempre que fosse preciso retocar a maquilhagem ela o pudesse fazer de forma simples e rápida.

Com a maquilhadora Filipa Sequeira.


Hoje, quase um ano depois da boda, vejo que foi um dia stressante mas muito gratificante. Como tudo, houve coisas que correram menos bem, mas que no final acabaram por dar história, porque são estas pequenas coisas que tornam cada momento único.

Ser dama de honor é uma honra. É uma prova de confiança que nos é dada. Afinal de contas, os noivos estão, de certa forma, a pôr o dia nas nossas mãos. E o nosso papel é garantir que o dia corre como eles sempre sonharam, mesmo que isso signifique levar a cábula para a igreja só para nos certificarmos que a entrada corre como a noiva deseja

😂


Foi uma honra desempenhar este papel no teu dia, Kátia ❤  

Beijinhos,
Lurdes
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

ADEGA DO SOSSEGO || DE COMER E CHORAR POR MAIS
21:00:000 Comments
Faltavam dois dias para a despedida de 2018 quando seguimos rumo a Melgaço, a terra que fica a uma ponte de distância da vizinha Espanha. Na vila são tantos portugueses como espanhóis, que passeiam pelas ruas como se de locais se tratassem. A proximidade é tão grande que me atrevo a dizer que naquele pedacinho de terra vive um pouco dos dois países. Foram exatamente 335 kilómetros de estrada até chegar ao verdadeiro motivo que nos levou a um dos pontos mais a norte de Portugal: Adega do Sossego. 
Já frequento este espaço desde que a minha sobremesa era um gelado Pingu, e até aos dias de hoje continua a ser um dos meus restaurantes favoritos. 
São cerca de 400 kilómetros num itinerário um tanto cansativo, mas que à primeira garfada nos lembra como a viagem vale a pena. 
Gosto bastante de experimentar pratos novos, mas aqui não consigo optar por outra coisa que não seja o naco de vitela na brasa.


Atrevo-me a dizer que, até agora, foi apenas neste estabelecimento que encontrei a carne mais tenra e saborosa, que faz todos os kilómetros de distância valerem a pena. Os nacos vêm acompanhados de batata frita, grelos e algumas rodelas de laranja. Pessoalmente dispenso os grelos, mas as batatas fritas fizeram as minhas delícias.




Para sobremesa optei por uma tarte de bolacha com cobertura de chocolate quente. O meu lado guloso deu pulos de alegria a cada garfada.


Depois dos "comes" chega o momento dos "bebes" com um prato de licores de todas as cores e sabores: frutos vermelhos, maracujá, mentol, café, maçã e avelã. O licor de mentol tem um sabor muito idêntico a Tantum Verde, pelo que é preciso ser muito corajoso para beber o copo até ao fim. Já o de maracujá é bastante doce e fácil de gostar.




Ir a Melgaço e não provar o vinho Alvarinho é como ir a Roma e não ver o Papa. Durante a refeição houve vinho tinto (para os homens), vinho verde (para as senhoras) e ainda espumante para um pequeno brinde a 2018. A meio do jantar o senhor responsável por servir a nossa mesa mostrou-nos que era possível medir ligeiramente o grau do vinho através das malgas (taças como na imagem acima).


De acordo com o senhor, os movimentos ao mexer o recipiente deixam marcas do vinho na taça, o que significa que o vinho terá sempre mais de 10 graus.
Não sou apreciadora de vinho, mas o vinho verde que nos foi servido bate qualquer um que tenha provado até hoje. Tem um paladar adocicado e pouco ácido, que torna toda a experiência bastante prazerosa.




O espaço rústico combinado com a experiência gastronómica torna a minha opinião bastante positiva. Se estão a planear passar o fim de semana fora com a vossa cara metade ou um grupo de amigos, ponderem rumar a Melgaço. A vila é bastante acolhedora e pacífica, com várias opções onde podem passar a noite e relaxar um pouco.
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